quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Refletindo a sociedade atual num não-lugar

    
           Foto: Priscilla Burh
Kléber Lourenço, Jorge de Paula e Tay Lopes em cena 

A capa do caderno Programa, da Folha de Pernambuco, aborda a estreia de Daquilo que Move o Mundo em meio ao bom momento das artes em discutir a cidade como um espaço coletivo. "'Nós respondemos à pergunta ‘o que move o seu mundo?’ com um espetáculo que se move o tempo todo”, explica Tiche Vianna. Para eles, a ilha da peça é um não-lugar, uma vez que representa todos os lugares. 'Nosso tempo é o da obsolência. Tudo se torna obsoleto muito rápido, inclusive nós mesmos', completa." está entre os apontamentos da trupe dispostos no texto que você pode ler na íntegra no site do jornal.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O GIRASSOL DO MEIO DO CAMINHO...

"Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo."
Platão



O Olhar através de algo nos faz caminhar... (ATRAVESSAR E SER ATRAVESSADO)

O Outro lado do Muro, o jardim do vizinho, sempre parece mais bonito que o nosso!
Será?


Qual o sentido da posse?
Percorrer o mundo atrás de um sentido para a nossa existência?
Transcender a pequenez e tentar encontrar a grandeza do Ser?

Muros nos cegam e falsas imagens e projeções nos atraem, como num oásis de girassóis que se "pixeliza" com a aproximação do foco.


Como ENXERGAR através do "combogó" o Girassol no Jardim?

Como Chegar próximo do girassol sem assustar o pássaro que beija a flor?
Como encontrar o par para dar a flor?


Que engrenagens lubrificar pra fazer o nosso Girassol girar?

Tay Lopez

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Começou

TENHA APENAS DUAS MÃOS E O
SENTIMENTO
DO MUNDO

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Para mover o mundo: A Retomada


2012 chegou!
E com uma imensa alegria retomamos àquele projeto sonho.
Agora em janeiro, precisamente, a partir das próximas semanas, estaremos juntos no Recife para retomada e montagem do espetáculo Daquilo que move o mundo.
Um projeto que iniciou em 2008 e que teve belas etapas de pesquisa, de sonhos, de alegrias, de frustrações, de decepções, de realizações, de encontros e de muita luta. Sempre com a certeza de que em algum momento ia acontecer.
Pois bem, este momento chegou!
Começamos este mês a criação do espetáculo com estreia prevista para março.
Convidamos você a nos acompanhar e colaborar nesta inquietante criação. Aos poucos, traremos informações sobre as mudanças e novidades do projeto. Compartilharemos imagens do processo, escritos, angústias, descobertas, dúvidas, etc.

Sejam bem vindos novamente. E após essa longa pausa, depois de tantos giros, voltemos a refletir sobre o nosso redor e então respondam conosco:
O que move o seu mundo?

sábado, 17 de julho de 2010

Tempo do Mover

Daquilo que move o mundo fala da emergência de voltarmos o olhar para o ser humano que somos, onde vivemos e o que dizemos. A maneira que cada um faz suas escolhas e traça caminhos na vida, suas conseqüências e alegrias. Uma grande metáfora poética para falar do Homem engolido por uma tecnologia desenfreada, por cidades que consomem e nos escondem a possibilidade de simplesmente sentir e viver. Queremos falar do hoje, do Recife e do universal a partir do que cada um de nós tem para contar.

O mote da pesquisa que vêm gerando o texto e rege a encenação é a pergunta O que move o mundo?Lançamos perguntas aos atores que impulsionam a construção da encenação e da história dos personagens criados: Luiz, Corre-rios e Combogó.

O processo de construção deste espetáculo começou em março de 2008 através de etapas de estudos e construção de dramaturgia em processo coletivo com os atores.

No final de 2008 ganhamos o Prêmio Fomento às Artes Cênicas da prefeitura do Recife que viabilizou esta etapa de pesquisa. No momento estamos finalizando a captação de recursos do projeto.

FICHA TÉCNICA

Direção: Francisco Medeiros

Dramaturgia: Luís Felipe Botelho

Preparação de atores: Tiche Vianna

Elenco: Irandhir Santos, Jorge de Paula, Kleber Lourenço

Cenografia e Indumentária: Luciano Pontes

Trilha sonora original: José Guilherme Lima (Missionário José)

Criação de Luz: Luciana Raposo

Direção de produção : Kleber Lourenço

Produção executiva: Anna Helena Polistchuk e Pedro de Castro

Realização: Visível Núcleo de Criação

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Desafio accepted, Mr. Klé.

Respondi na area of answers.

ass. Mr. Fê

Palavras Chaves: que abrem e fecham portas

Pois é dos sonhos dos homens que uma cidade se inventa.

Território
Filosofia da Gambiarra
Josué de Castro
Jomard Muniz de Brito
Diversidade
Igrejas
Engenhos
Porto
Novas dominações- novos dominadores
Retomada urbana
Decadência
Estagnação
Abandono
Passado e futuro
ISTMO
Rompimento
Ordens religiosas
Proprietários de terras
Comerciantes
Forma desigual de apropriação
Ciclos de destruição e RECONSTRUÇÃO
Ciclos de AUGE e DECADÊNCIA
Feito para aqui e daqui
Encantamento
POVO
REDE
Rede de abastecimento de ÁGUA
Rede de SANEAMENTO
Drenagem
Ruínas para proteger um passado permanente.
CÉU
MAR
LAMA
FÁBRICA
Movimento
Luz
Noite
Dia
Vento
ACIDENTE Geográfico
ILHA
Açúcar
Idiossincrasias
Futurismos
Antiguidades
Brasão
Antenas
Olhares
Janelas
Sobrados
Prédios
Torres - gêmeas
Plural
Digital
Musical
Carnaval


A gente só é melhor quando a gente se liberta.


Intimo vocês a responder:

A que lugar pertencem

estas características???

E repito: Pois é dos sonhos dos homens que uma cidade se inventa.

por Kleber

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pertinho do Céu

Nas últimas semanas, em nossas andanças pela cidade, subimos no alto de um prédio em pleno centro do Recife. No dia 07 de outubro. Passamos horas de uma manhã ensolarada, quente e bela, no alto deste prédio de formato particular: redondo, como a terra. O edifício chama-se Módulo. Um prédio aparentemente novo na arquitetura do Recife, data de 1972.

De cima tudo parece horizonte, ora distante, ora pertinho.
Pra cima tudo é azul, pra baixo tudo é miúdo. As pessoas são formigas em movimento, em busca de alguma coisa, na certa de comida, de trabalho, ou qualquer coisa deste tipo que o verão traz como obrigação.
No meio do círculo vejo o mundo ao meu redor. A paisagem é impressionantemente bela e diferente de como vemos lá de baixo. Recife é uma parcela de mar, de rios distantes, de manguezais, duma geografia urbana edificada no meio da paisagem natural. Casas, casebres, fábricas, pontes, indústrias, longas avenidas, ruas pequenas, árvores, muitas árvores, água "arrudiando tudo", carros, barulho que sobe, muitos prédios distantes de mim, e outros atrás de mim se aproximando cada vez mais, torres, antenas, parabólicas, metal, praças e vozes de crianças no pátio de uma escola que era o que mais me chamava a atenção.

Crianças conversando alto, sentadas numa pequena praça com bancos coloridos, me parecia ser um pátio de uma escola na hora do recreio. Falavam alto, riam, alguns corriam também. E eu ali no topo de um prédio de 16 andares creio, observando seus comportamentos e eles nem percebiam que eram observados. Estavam numa distância aproximada do prédio, mas lá de cima tudo parecia bem distante, como se aquela realidade se apresentasse numa tela de cinema. Parei pra pensar: eu estou aqui em cima vivo e real como eles, mas eles não me vêem, só eu os vejo e os ouço. Uma grande sensação de impotência, como se eu fosse ínvisivel ao mundo. Num momento assenei com a mão, fiquei dando "tchau", pra ver se eles me viam, pensei que seria engraçado eles virem um cara no alto do prédio fazendo sinal pra eles. Seria divertido, seria uma novidade para aquele recreio. rsrsrsrrsrs. Mas nada. Ninguém me viu e depois de um tempo fui pra outra ponta da cobertura.

Guardo duas sensações desta vivência: a de não saber o que fazer ali em cima ( a cobertura do prédio é cheia de antenas, torres de comunicação, ferros, coisas enferrujadas, fios, metais) e a do risco de estar na borda do círculo. Vendo aquele monte de ferro, que ironicamente serve pra estabelecer a comunicação, fiquei bloqueado, não sabia o que fazer, o que procurar fazer. Tudo cinza, enferrujado, estranho, morto, sem vida. O que Luiz faria se entrasse na fábrica? Como ele viveria lá ? O que faria pra sobreviver no meio daquela paisagem morta?

Outras vezes me aproximava muito da borda do círculo pra ver a rua lá embaixo e o risco de cair, o medo de se aproximar mais, causava fortes sensações. Causava um formigamento nos pés, surgiam movimentos involuntários dentro do meu corpo, o peito enchia de ar e o coração acelerava. Parei pra pensar sobre a coragem dos suicidas. Por um momento, querendo aproveitar aquele momento fechei os olhos e me pus a sentir. Não mexia nada, pra não cair, óbvio, mas precisava me colocar nesta experiência. Muito vento no meu corpo, o vento era bom, o barulho forte como barulho de onda quebrando e vento na praia. O corpo tremia, o coração acelerava. Vou voar...

Abri os olhos devagar e a paisagem foi se revelando viva, dei passos pra trás e o coração desacelerou. O som do vento era muito forte. Vento tem som sabia?

O que Luiz faria no alto de um prédio? Ele que é tão horizontal...

Penso que ele criaria outro mundo, invetaria uma estória...

Por Kleber Lourenço.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Intimo a intimidade a se manifestar!
Jorge,

eis um desafio:

conte aqui o que aparece

sobre seu personagem quando

você faz mamulengos de metal

usando restos de antena.
Iran,

o que lhe disse aquela

caixa branca, cheia de

componentes eletrônicos,

no topo do edifício Módulo?
Kleber,

o que você sentiu de olhos fechados,

na borda da cobertura de um edifício

de dezesseis andares

em pleno centro

do Recife???

domingo, 4 de outubro de 2009

Diálogo e movimento

Silêncio...
dentro e fora de nós,
para que possamos
- de fato -
falar e ouvir
uns aos outros.


sábado, 3 de outubro de 2009

Os vagalumes têm luz para que possam (mo)ver o mundo?
Ou têm luz para que possam ser vistos pelo mundo?
Ou têm luz porque têm - e pronto?
Ou têm luz porque têm - e nada está pronto?
Os vagalumes têm luz.



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eterno Retorno

Estivemos um pouco ausentes deste espaço.
De abril para cá, data da última postagem, fizemos muita coisa...muita coisa se fortificou...muitas descobertas foram feitas. Necessárias. Tudo se movendo. Aos pouquinhos iremos revelando o que foi feito.

Agora retornamos para este espaço de diálogo e convocamos o seu olhar.

A partir de hoje voltaremos a postar novas provocações, ser provocados, compartilhar este lugar da criação...Para mover o mundo.

E pra começar, deixamos aí abaixo, um pouquinho do que andamos aprontando. Assistam.
Divirtam-se.
E sejam bem-vindos novamente!

Visível.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que você vê
quando olha
pela janela
do seu próprio mundo?







sábado, 11 de abril de 2009

Pegue aqui, pegue

O que pode acontecer com o mundo se você mexer aqui?


terça-feira, 7 de abril de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Vou te dizer um segredo


"Para cada coisa que acredito saber, dou-me conta de nove que ignoro"

(Provérbio Árabe)

A humanidade está cercada de mistérios, de grandes enigmas os quais alimentam nossa sede por saber, por novas descobertas. O que seria de nós, humanos, se não houvesse mais nada a saber, se não houvesse mais nada para descobrir? O que faríamos com nossa curiosidade, com nossa sede por saber?...

... O saber é infinito, e nunca demais...

domingo, 15 de março de 2009

Começo

O começo não tem a cara do fim, nem poderia ter, porque é justamente o começo e o começo é o barro, é a lama. Se o iniciante não suporta o que não está pronto, irá desistir. E aí, o começo vira nada. Decorre daí que o tudo é consequência de escolhas: escolhas de quem não se importa com o jeito-sem-jeito do começo ou escolhas de quem, por estar profundamente interessado em chegar a um final, disse ao próprio vômito: fique quieto aí dentro. As coisas são assim neste mundo. E isso não é óbvio. O que pensa dos começos?


















O que move o seu mundo? Já respondeu a essa pergunta? Se ainda não respondeu, clique aqui e compartilhe sua resposta com o próprio mundo.

sábado, 7 de março de 2009












Entre no nosso jogo: clique em comentários (logo aí embaixo, escrito em vermelho) e divirta-se dando sua resposta ou lendo as respostas do pessoal.

Jogo de um erro só

Observe as duas figuras abaixo com muita, muitíssima, bastante atenção. Vença o desafio de descobrir a diferença oculta entre elas.

Importante, importar, importação